terça-feira, 15 de maio de 2012

Fórum da terceira semana de Informática Educativa I

Neste fórum refletiremos sobre o tema, a partir das perguntas:

1- O que é criatividade ?
2- Você se considera uma pessoa criativa ?

3- Qual a importância da criatividade no uso da Informática na Educação?





1- Criatividade pra mim é sempre perceber a possibilidade de transformar coisas e de adequar a situações.

Ao ler o artigo de Mauro Maldonato e Silvia Dell'Orco e ver o sensacional vídeo de Ken Robinson, pude perceber a semelhança de ideias quando  os autores do artigos ressaltam a sugestão de Von Foester  ( pag. 9) com  a parte do vídeo que Ken  conta sobre a apresentação das crianças, ele chama atenção para a disposição que nós temos que ter em errar, pois quem não se permitir a errar, fatalmente não terá possibilidade de ter uma ideia original.

"Sem o erro estamos criando indivíduos sem criatividade."
Ken Robinson

2. Falando da minha vida como todo, diria que sou uma pessoa super criativa, uma vez que a minha segunda paixão é o artesanato. Agora falando diretamente em prática docente, diria que eu busco ser criativa, sempre pesquisando, experimentando, buscando agentes facilitadores para o processo de ensino.  Por exemplo, trabalhar com materiais recicláveis para fazer os sólidos de Platão, cortar uma barra de sabão (paralelepípedo e cubo) para mostrar a diagonal, dobrar inúmeras vezes um folha de papel para ajudar no entendimento do conceito potência, sem contar a quantidade de softwares livres que temos para brincar e chamar a atenção da garatoda .... poxa, dá pra fazer muita coisa!

 3.Aliar criatividade e informática é um casamento perfeito, pois como os alunos gostam e dominam a informática, se sentem estimulados e à vontade com ela e, assim, sua utilização já cria um ambiente favorável à curiosidade e ao envolvimento dos discentes com a aula. O professor deve buscar exercícios e experiências que desenvolvam o raciocínio e as aptidões cognitivas dos educandos, pois os mesmos devem ser estimulados a pensar, a construir e, até mesmo, errar (como já disse anteriormente); e, assim, concluir suas próprias conjecturas. A informática se utilizada coerentemente, pode ser transformada em um instrumento motivador para o ensino, pois permite a visualização de conceitos que, somente no lápis e papel, não poderiam ser visualizados, tornando o estudo significativo e atraente. 

Tarefa da terceira semana de Informática Educativa I


Informática Educativa I: Tarefa da Semana 3
Título: Inovação X Criatividade
Aluno: Carla Soares Restier Lima Carvalho
Pólo: Volta Redonda – Rio de Janeiro

Introdução

O presente trabalho trás as principais ideias expostas no artigo escrito por Mauro Maldonato e Silvia Dell’Orco: Criatividade, pesquisa e inovação: o caminho surpreendente da descoberta e sobre o vídeo de Ken Robinson que tem como tema:  Escolas matam a criatividade?
No artigo, os autores exploram de forma ampla o termo ‘inovação’, enquanto no vídeo Ken Robinson fala sobre ‘criatividade’ e defende a criação de um sistema de ensino que valorize a criatividade do ser humano enquanto criança.

Desenvolvimento

Embora seja um tema bastante discutido, o tema ‘inovação’ ainda é uma palavra sem definição formal que atinja a complexidade do significado que ela exige. MALDONATO & DELL’ORCO dizem que esse fato gera o insucesso das diversas tentativas de “traçar os perfis teóricos e empíricos desta questão (2010). E é por tantas definições distintas e incompletas que os autores sugerem que ao invés de tentar definir o que é inovação, nós tentemos “investigar a própria natureza desse fenômeno.”
De acordo com MALDONATO & DELL’ORCO (2010):

“A inovação é uma capacidade de a mente inferir significados inusitados a partir de informações aparentemente banais; produzir respostas divergentes e criativas; olhar a realidade convencional com uma óptica insólita; gerar em suma hipóteses, cenários e soluções diferentes de maneira quase que casual, mesmo fora de uma lógica estruturada”
Ainda de acordo com os autores, para sermos pessoas inovadoras, precisamos ir contra opiniões correntes e trabalhar de forma silenciosa para fundamentar e expor nossas ideias.
E o fato do mundo já ter suas regras pré-estabelecidas, dificulta o estímulo a inovação. Fica evidente na fala de MALDONATO & DELL’ORCO: “Aliás, para que ser criativo se depois as inovações dificilmente serão aceitas, já que o sistema protege e perpetua que já existe?”

Aí nos perguntamos, qual é o ambiente mais propício para formamos opiniões e desenvolver nossas habilidades? Deveria ser na escola. Porém, KEN ROBINSON diz em sua palestra, que “todo o alicerce da educação está ruindo sob nossos pés.” E de fato, quando voltamos à atenção para como é o sistema educacional mundial, percebemos os padrões errôneos existentes. Sem falar que esse ‘padrão’ foi criado em outra era, onde as necessidades da sociedade eram outras.

Ele ressalta também que, nosso sistema está ancorado no conceito de habilidade acadêmica; todos nasceram para suprir as necessidades do industrialismo, ou seja, percebemos a cada dia que a escola enquanto instituição visa formar indivíduos de acordo somente com os interesses da sociedade e que mesmo sem saber como irá ser o futuro, nos agarramos a esta ideia: formar professores, engenheiros, médicos, etc.

Von Foester (apud MALDONATO & DELL’ORCO, 2010) sugere:

[...] já que nosso sistema educacional é concebido para gerar cidadãos previsíveis, ele objetiva amputar aqueles indesejados estados internos que geram previsibilidade e novidade. Isto é demonstrado de modo incontestável por nosso método de verificação, o exame, durante o qual só se fazem perguntas das quais já conhecemos (ou já está definida) a resposta, que o estudante deve decorar. Não seria fascinante pensar em um sistema educacional voltado a desbanalização dos estudantes, ensinando-lhes ‘perguntas legítimas’, perguntas cuja resposta não se conhece?
KEN ROBINSON defende a valorização do dom de cada um, principalmente enquanto criança, pois, quando somos crianças não temos medo de errar, de chutar, de arriscar e para o palestrante, se não estivermos preparados ao erro, fatalmente nunca teremos uma ideia original. Essa opinião fica clara quando ele conta a história das crianças no teatro, quando o terceiro menino esquece o texto e chuta: ‘Frank mandou isso aqui’. É espetacular a forma como a criança assume erros, e a escola e as pessoas de forma geral arrancam isso.
Com isso, podemos perceber a carência na inovação que MALDONATO& DELL’ORCO tratam, principalmente quando dizem: “[...] sem a energia vital da inovação o caminho rumo ao declínio esta escancarado.”
Essa definição nos remete a fala de KEN ROBINSON em sua palestra, quando ele ressalta que:

“Criatividade é um processo de ter ideias originais que possuam valor e com bastante freqüência manifesta-se através da interação de diferentes formas disciplinares de ver as coisas.”

A inovação depende da criatividade, precisamos deixar nossas atuais crianças e futuros jovens livres, valorizar o que cada um gosta e entender que cada indivíduo necessita de coisas diferentes.

E quando se trata do papel do professor MALDONATO & DELL’ORCO dizem que:

“[...] o professor tem de considerar que a informação não é instrutiva se não acontecer com um acoplamento estrutural entre dois sistemas cognitivos: do professor e do estudante. A estrada principal é viver na surpresa do desconhecido.”

Podemos perceber quão grande é a importância do professor nesse processo. Devemos estar atentos as particularidades de cada indivíduo, precisamos mudar nossos conceitos sobre inteligência, pois não é porque que um aluno não é bom em matemática que ele não é bom em tudo; temos que visar desenvolver o que cada um trás consigo.

Conclusões

É evidente que o sistema educacional precisa de uma transformação urgente, para que tenhamos indivíduos criativos para assim serem inovadores.
Na educação em especial precisamos ter essa disposição ao erro, pois é no erro que podemos ‘traçar’ caminhos que facilitem o processo de ensino-aprendizagem. Ser criativo é perceber a possibilidade de transformar coisas e de adequar a situações e se tratando de ensino isso pode ser o ponto crucial entre o fracasso e o sucesso.
Precisamos valorizar os dons e habilidades de nossos alunos, enquanto educadores e formadores de opinião temos que estar atentos as diversas situações que surgem no dia a dia.




Referências

MALDONATO, Mauro; DELL’ORCO, Silvia; Criatividade, pesquisa e inovação:  caminho surpreendente da descoberta. B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 36, n.1, jan./abr. 2010

ROBINSON, KEN – Escolas matam a criatividade? Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=aQym7WkF5ks