Informática
Educativa I : Tarefa da Semana 2
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Título:
Aprendizagem Cooperativa e a EAD
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Aluno:
Carla Soares Restier Lima Carvalho
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Polo:
Volta Redonda – Rio de Janeiro
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Introdução
O Ensino a Distância combinado com a internet surge como
novo modelo educacional a fim de suprir a novas demandas educacionais que
caracterizam o mundo atual. As instituições que oferecem essa modalidade de
ensino buscam sempre o melhor uso da mesma a fim de promover o processo de
ensino-aprendizagem de forma significativa.
Os recursos das novas tecnologias permitem ambientes de
ensino agradáveis que favorecem a troca de conhecimento e o compartilhamento
de experiências.
Nesta vertente, cabe ressaltar que o ensino a distância
visa à construção do conhecimento de forma cooperativa, ou seja, o educando
passa a ser ator principal nesse processo do conhecimento.
O presente texto focará na importância da
aprendizagem cooperativa no ensino a distância nas comunidades virtuais.
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Desenvolvimento
De acordo com Paiva:
“As comunidades virtuais
funcionam como sistemas complexos, pois o todo é maior do que a soma de seus
integrantes. O conceito de inteligência coletiva está assentado no princípio
de que o saber está contido na humanidade e não nos indivíduos, pois ninguém
sabe tudo, mas todos sabem alguma coisa”
Todo mundo sempre tem algo a ensinar e também algo a aprender, por isso no ensino a distância é suma importância os atores envolvidos estarem abertos a troca de experiências, de conhecimentos e também estarem propensos a receberem críticas, pois uma crítica bem fundamentada pode contribuir para o aprendizado do indivíduo e do grupo.
Cooperar
segundo Argyle (1991, apud CAMPOS et al, 2003, p.25) “é atuar junto, de forma
ordenada, no trabalho ou relações sociais para atingir metas comuns. As
pessoas cooperam pelo prazer de repartir atividades ou para obter benefícios
mútuos.”
Em meu ver, a maior vantagem que o ensino a distância
trás é o fato das pessoas envolvidas poderem expor suas opiniões de forma
direta, visto que muitos dos discentes quando estão dentro de uma sala de
aula deixam de aprender e também de ensinar muita coisa devido a esta
dificuldade do cara a cara.
A aprendizagem cooperativa é vital para a
construção do conhecimento, pois desenvolve competências do trabalho em grupo
e as relações interpessoais.
Woodbine (1997 apud CAMPOS et al, 2003 p.27)
ressalta que a abordagem da
aprendizagem cooperativa se sustenta em seis pontos fundamentais:
·
responsabilidade
individual pela informação reunida pelo esforço do grupo;
·
interdependência
positiva, de forma que os estudantes sintam que ninguém terá sucesso, a não ser que todos o
tenham;
·
melhor forma de entender um dado material,
tendo que explicá-lo a outros membros de um grupo;
·
desenvolvimento
de habilidades interpessoais, que serão necessárias em outras situações na
vida do sujeito;
·
desenvolvimento
da habilidade para analisar a dinâmica de um grupo e trabalhar com problemas
– forma comprovada de aumentar as atividades e envolvimento dos estudantes; e
·
um
enfoque interessante e divertido.
Diversos são os benefícios
que a aprendizagem cooperativa trás, o aluno é não é mais um indivíduo que só
recebe conhecimento como acontece no ensino convencional (presencial), ele
passa a ter papel fundamental para o seu próprio conhecimento e também ao
desenvolvimento do grupo e o professor deixa de ter papel central para ser o
mediador nessa construção do saber.
ARAUJO diz que “a força
motriz que baliza a aprendizagem cooperativa atua no sentido da construção do
conhecimento pelo aluno através da sua participação ativa no processo de
edificação do saber individual e coletivo.”
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Conclusões
O ensino a distância
juntamente com a internet têm promovido mudanças nos paradigmas da educação
tradicional. Muito se tem a fazer para conceber a excelência nessa nova
modalidade de ensino.
É evidente que a aprendizagem
cooperativa é essencial para este tipo de processo, uma vez que todos os
envolvidos possuem papéis e responsabilidades semelhantes: buscar construção
de conhecimento de forma sólida e complexa.
Podemos verificar isso na
fala de Pierre Lévy (1998, apud PAIVA):
“O saber da comunidade pensante não é mais um saber comum, pois
doravante é impossível que só ser humano, ou mesmo um grupo, domine todos os
conhecimentos, todas as competências; é um saber coletivo por essência, impossível
de reunir em uma só carne.”
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Referências Bibliográficas
PAIVA,
Vera Lúcia Menezes de Oliveira – Comunidades
virtuais de aprendizagem e colaboração.
CAMPOS, Fernanda C. A. et al. - Cooperação e aprendizagem on-line. Rio de Janeiro:
DP&A, 2003.
ARAUJO,
Hélio Dias de – Aprendizagem
cooperativa na educação a distancia on-line.
Disponível
em: http://www.ensino.eb.br/portaledu/conteudo/artigo7905.pdf
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Espaço criado com o intuito de auxiliar ingressantes no curso de Novas Tecnologias no Ensino da Matemática oferecido pela UFF
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Tarefa da segunda semana de Informática Educativa I
Fórum da segunda semana de Informática Educativa I
Início da segunda semana do curso,
Na semana 1 nos apresentamos para que pudéssemos nos conhecer melhor e saber das expectativas de cada um em relação a este curso.
Nesta semana, com base no texto disponibilizado na plataforma - Esconder dos estudantes: Artigo :: Comunidades Virtuais de Aprendizagem e Colaboração - faremos:
Nesta semana, com base no texto disponibilizado na plataforma - Esconder dos estudantes: Artigo :: Comunidades Virtuais de Aprendizagem e Colaboração - faremos:
- Primeiro: Ler o texto Comunidades Virtuais de Aprendizagem e Colaboração e comparar com o item 1.2.3 Sócio-Interacionismo do e-book estudado na semana anterior.
- Segundo: Colocar suas contribuições aqui no fórum sobre o tema Aprendizagem Cooperativa e a EaD, e sobre a sua vivência neste curso até este momento. Vamos entender o que é aprendizagem colaborativa e como construir conhecimento através da interatividade dos fóruns de discussão. Cada contribuição deve ter no máximo 200 palavras. Importante: Vale 3 pontos na nota da semana.
Contribuições:
"[...] mas, a internet, além de, também, transmitir dados em grandes volumes, vem se destacando por ser um instrumento de construção coletiva de conhecimento, pois permite a interação entre muitas pessoas." A internet é uma fonte inesgotável de conhecimento, basta sabermos filtrar o que é bom. A internet nos permite conhecer culturas diferentes, eu particulamente tive uma experiência pequena em EAD, foi quando fiz um cursinho de férias: o MOODLE, onde percebi o quanto que a participação de amigos nos fóruns foi essencial para a obtenção de conhecimento. A troca de ideias, experiências e críticas enriquecem o conhecimento. Também participo do grupo de professores de matemática do Google, diariamente recebo e-mails contendo dúvidas, sugestões de livros, sites, artigos e informações. Tem muita coisa bacana lá e pra quem não conhece fica a dica!
Tarefa da primeira semana de Informática Educativa I
Informática Educativa I: Tarefa da Semana 1
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Aluno: Carla Soares Restier Lima Carvalho
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Pólo: Volta Redonda/RJ
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Resumo:
Como todo processo de
evolução da espécie humana, o Ensino a Distância surgiu da necessidade de se
levar conhecimento e educação a pessoas que não teriam acesso a formação
convencional (presencial). De acordo com CAMPOS, COSTA E SANTOS:
Uma das causas da exclusão social no Brasil é a
impossibilidade de formação profissional fora dos centros urbanos, que sempre
discriminou os jovens que não podem se deslocar das suas cidades do interior
dos Estados para estudar num campus universitário, ou que mais recentemente,
não tem como arcar com mensalidades das instituições particulares. A Educação
precisa ser inclusiva, com qualidade e ao longo de toda vida. (2007, p.1)
ALMEIDA evidencia a
importância do Ensino a Distância quando diz que a mesma surgiu com a “preocupação
da disseminação e da democratização do acesso à educação para atender a
grande massa de educandos.”
Discentes geograficamente
prejudicados se beneficiam com esse novo modelo educacional que até então acontecia
através dos correios, rádio e televisão.
É impossível não perceber que as novas
tecnologias têm um grande potencial pedagógico e, quando incorporados à
educação de maneira adequada, se tornam um agente de dinamização da
aprendizagem e da abertura de novos canais de diálogo entre o professor e o
aluno, além de oferecerem novas maneiras de organizar o conhecimento.
CAMPOS, COSTA E SANTOS (2007,
p.1) ressaltam que “tendo em vista o rápido avanço tecnológico que estamos
vivenciando e o advento de novos meios de comunicação, muitas instituições
vêm procurando integrar suas práticas tradicionais com esse novo modelo
educacional.”
O Ensino a distância traz
uma renovação de métodos pedagógicos, fazendo com que o professor deixe de
ser um mero entregador de conhecimento pronto e passa a construir o
conhecimento com aluno.
Mas para que esses
métodos tenham resultados positivos é necessário que um curso a distância
seja bem elaborado, com a intenção de superar a separação física existente
entre professor e aluno, procurando melhorar a interatividade entre eles (CAMPOS,
COSTA E SANTOS; 2007, p. 12).
Ainda de acordo com CAMPOS,
COSTA E SANTOS (2007, p.12) “o computador e as redes de comunicação se
convertem em elementos fundamentais no processo de comunicação virtual e a
web entra como uma ferramenta que permite o acesso a um mega sistema de
informação.”
Para que o ensino a
distância ocorra com qualidade é necessário criar um ambiente virtual de
aprendizagem favorável, contendo ferramentas essenciais para promover a
comunicação entre os envolvidos.
CAMPOS, COSTA E SANTOS
(2007, p. 18) ressaltam algumas características e funcionalidades presentes
na maioria das plataformas de EAD:
·
Oferecer
ferramentas para disponibilizar material didático virtual para os alunos e
link para outros sites na web;
·
Oferecer
ferramentas para avaliar o progresso e o desenvolvimento dos alunos;
·
Oferecer
ferramentas para administrar avaliações, testes e exercícios, mantendo os
resultados armazenados;
·
Oferecer
ferramentas para ajudar os professores e administrarem aulas e notas;
·
Facilitar
a edição /criação das páginas na web;
·
Oferecer
ferramentas de cadastro de usuários e de portfólios individuais;
·
Oferecer
uma grande diversidade de ferramenta de comunicação.
No ambiente virtual, a
aprendizagem não é um processo pronto e acabado, para que ocorra o processo
de ensino-aprendizagem é necessário que os envolvidos (professor, aluno,
tutor) tenham participação ativa na construção do saber, portanto, é
necessário que todos estejam comprometidos.
Gatti (2005, apud CAMPOS,
COSTA E SANTOS) considera que a interatividade, é uma das principais
qualidades de programas de EAD e deve ser constante, continuada, atenciosa e
cuidada.
Esta interatividade atua
como um dos principais quesitos no processo educacional no EAD, uma vez que
no processo de ensino-aprendizagem, os envolvidos se ajudam, cooperam , se
complementam, atuando como parceiros entre si.
Vale ressaltar, que no
EAD é muito importante respeitar as particularidades do público alvo, levando
em conta suas necessidades e realidade do mesmo para definir quais melhores
tecnologias e metodologias deve ser utilizadas.
CAMPOS, COSTA E SANTOS
sintetizam que:
O processo educacional realizado a distância
envolve a articulação de uma série de ações pedagógico-administrativas, onde
se destacam a construção do material, a estrutura de tutoria, a montagem da
infra-estrutura, a gestão do sistema, as formas de interação e a participação
de todos os atores e as diferentes formas de avaliação (2007, p.29).
O Ensino a Distância na
atualidade é uma necessidade que a população tem, uma vez que consegue
atingir os quatro cantos do país, proporcionando realização pessoal e
profissional de tantos educandos que não teriam a possibilidade de obter tal
formação se não fosse através do EAD.
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Referências:
Campos, F. C. A.; [et al.]. Fundamentos
da educação a distância, mídias e ambientes virtuais. Juiz de
Fora: Editar, 2007.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de – PUC/SP
- Tecnologia e educação à distância: abordagens e contribuições dos ambientes
digitais e interativos de aprendizagem; GT: Educação e
Comunicação/n.16. Disponível em: www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/mariaelizabethalmeida.rt
Acesso dia: 05/02/2012
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Trabalho Final de História da Matemática através de Problemas
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
IME - Instituto de Matemática e Estatística
LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE PROBLEMAS
SÓLIDOS DE PLATÃO:
História e tecnologia se encontram
Carla Soares Restier Lima Carvalho
VOLTA REDONDA/RJ
2012
NOME: Carla Soares Restier Lima Carvalho
PÓLO: Volta Redonda
GRUPO: 08
INTRODUÇÃO:
É
habitual encontrarmos poliedros regulares no nosso cotidiano. Estas misteriosas
formas estão presentes desde estruturas de cristais, dados de jogos e até mesmo
em construções antigas e atuais também.
Nessa aula através de recursos como a história da matemática, o uso de novas
tecnologias e a construção dos sólidos pretende-se oferecer caminhos
facilitadores para que o professor desperte o interesse e a curiosidade dos
alunos pela geometria, além de apresentar e oferecer a possibilidade de
explorar os poliedros regulares de Platão de uma forma divertida e
significativa para os alunos.
Para visualizar este projeto completo que se dá em duas partes, acessar em:
Parte escrita: http://www.slideshare.net/CarlaRestier/trabalho-final-12932401
Apresentação: http://www.slideshare.net/CarlaRestier/histria-e-tecnologia-se-encontram
História da número um
Falando de História da Matemática, creio que este vídeo disponível no www.youtube.com é bastante pertinente ao assunto. Vale à pena conferir!
Parte 1
Parte 2:
Parte 3:
Parte 4:
Parte 5:
Parte 6:
O
filme A História do Número 1 faz um passeio pela história da matemática tendo como
personagem principal o número um. Esse representa o início de tudo, desde os primeiros
registros simbólicos grafados em ossos para exprimir quantidades em uma sucessão
de traços que permitia a contagem. Analisando os sumérios, o documentário
atribui à sua representação do número um em cones de argila como responsável
por possibilitar a representação da subtração e, assim, dar origem à aritmética.
Sobre os algarismos hindu-arábicos, o documentário defende que seria mais
correto denominá-los indianos, pois esses povos já utilizavam esse sistema algorítmico
milhares de anos antes de Cristo, e os árabes, nesse processo, foram responsáveis
por levá-los à Europa. Esses algarismos traziam uma novidade revolucionária: o
número zero, o qual passa a dividir as atenções com o personagem principal do
documentário. Como a representação do nada foi recebida pela sociedade
europeia, e porque o uso do zero revolucionou a representação tanto de grandes
quantidades quanto de muito pequenas são questões trabalhadas neste filme. Além
disso, a obra analisa como os números um e zero se tornaram os responsáveis por
uma das mais importantes revoluções do conhecimento humano: a informatização.
Fórum da terceira semana da História da Matemática através de Problemas
Leiam o texto "A História da Matemática na Formação dos Professores de Matemática", de Antônio Miguel e Arlete Brito. Procure relacionar seus argumentos com tudo que já lemos (inclusive a unidade 4) e responda às seguintes questões:
Questão 1 - Os autores defendem uma participação orgânica da história da matemática na formação do professor de matemática. O que você entende por “participação orgânica”? Você concorda com a posição dos autores? Justifique a sua resposta.
Questão 2 - Segundo os autores, “a história poderia auxiliar os futuros professores a perceber que o movimento de abstração e generalização crescentes porque passam muitos conceitos e teorias em matemática não se deve, exclusivamente, a razões de ordem lógica, mas à interferência de outros discursos na constituição e no desenvolvimento do discurso matemático”. Você concorda? Justifique sua resposta
Questão 1:
Através do texto entendi que participação orgânica, seria dissolver a história da matemática no decorrer das disciplinas. Segundo os autores "o licenciando seria beneficiado, uma vez que lhe seria dada a oportunidade de construir os seus conhecimentos de matemática dentro de uma perspectiva histórica e sociocultural."
Eu concordo plenamente com os autores e como já disse em outro fórum, acredito que a história da matemática tem muito a agregar no processo de ensino-aprendizagem, porém cabe o professor saber abordar a mesma de forma coerente e significativa.
Destacaria a fala dos autores: " a problematização com base na história pode contribuir para que o futuro professsor reflita sobre diferentes concepções que se tem de aspectos da atividade matemática e do seu ensino."
Questão 2:
Eu concordo com os autores, uma vez que acredito que a matemática é uma ciência em constante mutação decorrente a evolução humana.
Entendo que “outros discursos” nos remete a ideia de participação orgânica (relacionar a história da matemática com outros ramos matemáticos), pois a meu ver os autores defende a ideia da interdisciplinaridade. Através do exemplo dado pelos autores (várias definições para a palavra seno), podemos perceber que os conceitos matemáticos podem se adequar a vários campos do saber.
Fórum da segunda semana de História da Matemática através de Problemas
Segundo tópico:
Tópico 2- Paradoxos de Zenão (infinito)
Leia o trecho abaixo:
É, no mínimo, curiosa, a íntima relação entre os conceitos de indivisível e infinitesimal. Apesar dos seus significados extremamente opostos (ou admite-se a existência do elemento indivisível, ou a possibilidade de se dividir indefinidamente – infinitamente - uma quantidade, por menor que seja), os infinitesimais (ou indivisíveis matemáticos) e os indivisíveis eram conceitos que já estavam presentes no desenvolvimento da ciência grega.
Foi Zenão quem descobriu, com os seus paradoxos, uma anomalia em ambas as atividades "normais" da matemática na época. Com o paradoxo de Aquiles, visto na unidade 3, e o paradoxo da Dicotomia, Zenão "prova" que "se o espaço e o tempo são (infinitamente) divisíveis então o movimento é impossível". O filósofo "prova" ainda, citando dois outros paradoxos (a Flecha e o Estádio), que “se o espaço e o tempo possuem elementos indivisíveis, então o movimento é impossível”.
As soluções desses paradoxos estão relacionadas com o desenvolvimento de outros conceitos básicos do Cálculo, como os de infinito, continuidade, número real e derivada. No entanto, a impotência dos gregos de resolverem tais paradoxos, junto com a anomalia identificada pelos pitagóricos dos segmentos incomensuráveis, vai desencadear a primeira grande crise na matemática grega (e por que não dizer, do Cálculo). Uma crise que suscitará um outro conceito fundamental do Cálculo.
A que conceito fundamental do Cálculo se refere o texto acima? Justifique sua resposta e resolva o paradoxo de Aquiles, utilizando o referido conceito.
O que este paradoxo diz é que
numa corrida em que o mais lento começa com vantagem, enquanto o mais lento
estiver a correr nunca será ultrapassado pelo mais veloz, pois aquele que
persegue tem primeiro de chegar ao ponto de onde a fuga do mais lento começou,
pelo que o mais lento tem necessariamente de já estar alguma distância à
frente. Ou seja, antes de apanhar o mais lento, o mais veloz terá sempre de
alcançar o ponto onde o mais lento estava anteriormente.
Na
transmissão tradicional deste paradoxo temos uma corrida entre Aquiles, o herói
grego da Ilíada de Homero, forte e corajoso como nenhum,
simbolizando a velocidade, e opostamente a tartaruga, símbolo da lentidão.
A
conclusão parece ser um pouco estranha, mas é o resultado do seguinte
raciocínio: a tartaruga (o mais lento) começa a corrida com uma determinada
vantagem sobre Aquiles (o mais veloz); quando Aquiles chega ao ponto de onde
começou a tartaruga, esta já lá não está e apesar de não ter andado tanto como
Aquiles, já está num segundo ponto mais à frente; prosseguindo a corrida,
quando Aquiles chega a esse segundo ponto, já a tartaruga estará mais à frente
num terceiro ponto; quando Aquiles chegar a esse terceiro ponto, já a tartaruga
estará mais à frente num quarto ponto; e assim sucessivamente. Logo, apesar de
Aquiles estar cada vez mais próximo da tartaruga nunca chega a alcançá-la, pois
sempre que chega ao ponto onde estava a tartaruga num momento atrás, já ela
está mais à frente. Portanto, desde que não pare, a tartaruga irá sempre à
frente e ganhará a corrida, pois Aquiles poderia correr infinitamente que não a
apanharia!
A
lógica deste paradoxo é semelhante à do paradoxo da dicotomia, com a
diferença de em vez de se ter um corpo em movimento, agora se tem dois corpos
em movimento com velocidades diferentes. Como seria de esperar, é possível
Aquiles ultrapassar a tartaruga, no entanto, o raciocínio apresentado até é
lógico, com exceção da conclusão.
Zenão, com este paradoxo e o da dicotomia, pretendia
desacreditar os defensores da continuidade de um movimento, ou seja, aqueles
que defendiam a infinita divisibilidade do espaço. Neste paradoxo, tal como no
paradoxo da dicotomia, faz-se confusão entre uma distância infinita e uma
distância infinitamente divisível, pois podemos considerar que Aquiles tem de
percorrer um número infinito de intervalos que são aqueles que a tartaruga tem
de vantagem sobre ele sempre que chega ao ponto onde ela estava antes de
iniciar esse intervalo: o intervalo inicial entre Aquiles e a tartaruga; o
intervalo que a tartaruga percorreu enquanto Aquiles chegou onde ela estava no
início; o intervalo que Aquiles percorreu até onde a tartaruga avançou enquanto
ele chegou ao ponto inicial da tartaruga; e assim sucessivamente.
Vejamos
um exemplo prático: suponhamos que Aquiles parte com um avanço de 1000 metros e
que se move 10 vezes mais depressa que a tartaruga; quando Aquiles acaba de
percorrer 1000 metros, já a tartaruga percorreu 100 metros (reduziu-se a
distância em 900 metros, sendo agora de 100); Aquiles percorre estes 100
metros, mas durante este tempo, a tartaruga percorre 10 metros (reduziu-se a
distância para 10 metros); Aquiles percorre estes 10 metros, mas durante este
tempo, a tartaruga percorreu um metro (reduziu-se a distância para 1 metro);
Aquiles percorre este metro, mas, entretanto já a tartaruga avançou 0,1 metros
(reduz-se a distância para 0,1 metro); e assim sucessivamente. Quererá isto
dizer que de fato Aquiles não apanha a tartaruga? Não, mais uma vez o
raciocínio subjacente a este paradoxo pressupunha que somando uma infinidade de
números se conseguiria o infinito, mas isso não é verdade.
Material completo disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2003/icm25/paradoxosd.htm
Então porque que identifiquei o conceito de limite no texto?
Por perceber que se trata de um processo de aproximação ao infinito, ou seja, Zenão 'criava resultados tão menores quanto queria' ( a diferença da distancia entre Aquiles e a tartaruga por menor que seja sempre irá existir, por isso Aquiles nunca alcançaria a tartaruga).
Exemplo: 0,0001
Esse número pode ser tão pequeno quanto eu queira... 0,00001; 0,000001 e assim sucessivamente.
Fórum da segunda semana de História da Matemática através de Problemas
Nesta semana teremos dois tópicos, este é o primeiro:
1 - Medir é uma operação que, em geral, realizamos com bastante freqüência no nosso dia-a-dia. Medimos comprimentos, o tempo, o peso, etc. Mas o que é medir?
2 - Vimos na unidade 2 que a diagonal e o lado de um quadrado são segmentos incomensuráveis. Isto quer dizer que não existe uma subunidade u que caiba uma quantidade inteira de vezes simultaneamente nesses dois segmentos, no lado e na diagonal.
A partir dessa idéia, um professor propõe a seguinte situação:
Na figura abaixo, o lado do quadrado AEFG mede o dobro do lado do quadrado ABCD.
Responda:
a) Os segmentos AB e AC são comensuráveis?
b) Os segmentos AC e AF são comensuráveis?
c) No(s) caso(s) em que os segmentos forem comensuráveis, expresse a medida do maior em relação ao menor.
2.1 Responda as questões propostas pelo professor.
2.2 Que conceitos matemáticos da educação básica estão presentes nesta atividade?
2.3 Como, em sua prática docente, você articularia esta atividade com o texto da unidade 2 que você leu?
Eis minhas respostas:
1 - Medir é uma operação que, em geral, realizamos com bastante freqüência no nosso dia-a-dia. Medimos comprimentos, o tempo, o peso, etc. Mas o que é medir?
Medir é comparar uma quantidade de uma grandeza qualquer com outra quantidade da mesma grandeza que se escolhe como "unidade".
Disponível em: http://educar.sc.usp.br/ciencias/fisica/mf5.htm
c) No(s) caso(s) em que os segmentos forem comensuráveis, expresse a medida do maior em relação ao menor.
A medida do maior em relação ao menor será o dobro.
2V2x/V2 x = 4/2 = 2
2.2 Que conceitos matemáticos da educação básica estão presentes nesta atividade?
O assunto nos permite trabalhar vários assuntos como: figuras planas, teorema de Pitágoras, razão e proporção, racionalização de denominadores, números racionais e irracionais.
2.3 Como, em sua prática docente, você articularia esta atividade com o texto da unidade 2 que você leu?
A partir dessa atividade focaria no conjunto dos números irracionais, buscando que os próprios alunos a partir dos cálculos percebessem a necessidade de ampliar os conjuntos numéricos. Visaria a construção desse conhecimento junto aos alunos e não simplesmente passar a definição logo no início.
Tópico 1- Segmentos incomensuráveis
1 - Medir é uma operação que, em geral, realizamos com bastante freqüência no nosso dia-a-dia. Medimos comprimentos, o tempo, o peso, etc. Mas o que é medir?
2 - Vimos na unidade 2 que a diagonal e o lado de um quadrado são segmentos incomensuráveis. Isto quer dizer que não existe uma subunidade u que caiba uma quantidade inteira de vezes simultaneamente nesses dois segmentos, no lado e na diagonal.
A partir dessa idéia, um professor propõe a seguinte situação:
Na figura abaixo, o lado do quadrado AEFG mede o dobro do lado do quadrado ABCD.
Responda:
a) Os segmentos AB e AC são comensuráveis?
b) Os segmentos AC e AF são comensuráveis?
c) No(s) caso(s) em que os segmentos forem comensuráveis, expresse a medida do maior em relação ao menor.
2.1 Responda as questões propostas pelo professor.
2.2 Que conceitos matemáticos da educação básica estão presentes nesta atividade?
2.3 Como, em sua prática docente, você articularia esta atividade com o texto da unidade 2 que você leu?
Eis minhas respostas:
1 - Medir é uma operação que, em geral, realizamos com bastante freqüência no nosso dia-a-dia. Medimos comprimentos, o tempo, o peso, etc. Mas o que é medir?
Medir é comparar uma quantidade de uma grandeza qualquer com outra quantidade da mesma grandeza que se escolhe como "unidade".
Disponível em: http://educar.sc.usp.br/ciencias/fisica/mf5.htm
a) Os segmentos AB e AC são comensuráveis?
Sendo AB = x, AC= xV2 e a razão entre eles V2 , os segmentos AB e AC são incomensuráveis.
Gostaria de compartilhar um parágrafo do livro de Boyer, pág. 50 (Incomensurabilidade) que diz que Aristóteles prova a incomensurabilidade da diagonal de um quadrado com seu lado, baseando-se na distinção entre pares e ímpares:
Sejam d e l a diagonal e o lado de um quadrado e suponhamos que sejam comensuráveis, isto é, que a razão d/l é racional e igual a , onde p e q são números inteiros sem fator comum. Do teorema de Pitágoras temos: d² = l² + l² , donde (d/l)² = p²/q² = 2 ou ainda, p² = 2q². Logo p² deve ser par, e então p é par, portanto q deve ser ímpar. Fazendo p = 2r e substituindo na equação p² = 2q² vem 4r² = 2q², ou q² = 2r². Então q² deve ser par, logo q é par. Mas tínhamos provado acima que q deve ser ímpar e um inteiro não pode ser ao mesmo tempo par e ímpar. Resulta pois, pelo método indireto, que a hipótese de serem d e l comensuráveis deve ser falsa.
Sendo AB = x, AC= xV2 e a razão entre eles V2 , os segmentos AB e AC são incomensuráveis.
Gostaria de compartilhar um parágrafo do livro de Boyer, pág. 50 (Incomensurabilidade) que diz que Aristóteles prova a incomensurabilidade da diagonal de um quadrado com seu lado, baseando-se na distinção entre pares e ímpares:
Sejam d e l a diagonal e o lado de um quadrado e suponhamos que sejam comensuráveis, isto é, que a razão d/l é racional e igual a , onde p e q são números inteiros sem fator comum. Do teorema de Pitágoras temos: d² = l² + l² , donde (d/l)² = p²/q² = 2 ou ainda, p² = 2q². Logo p² deve ser par, e então p é par, portanto q deve ser ímpar. Fazendo p = 2r e substituindo na equação p² = 2q² vem 4r² = 2q², ou q² = 2r². Então q² deve ser par, logo q é par. Mas tínhamos provado acima que q deve ser ímpar e um inteiro não pode ser ao mesmo tempo par e ímpar. Resulta pois, pelo método indireto, que a hipótese de serem d e l comensuráveis deve ser falsa.
b) Os segmentos AC e AF são comensuráveis?
Sendo AC= 2xV2 , AF =x V2, operando a divisão teremos razão igual a 2, ou seja um número racional. Logo os segmentos AC e AF são comensuráveis.
Sendo AC= 2xV2 , AF =x V2, operando a divisão teremos razão igual a 2, ou seja um número racional. Logo os segmentos AC e AF são comensuráveis.
c) No(s) caso(s) em que os segmentos forem comensuráveis, expresse a medida do maior em relação ao menor.
A medida do maior em relação ao menor será o dobro.
2V2x/V2 x = 4/2 = 2
2.2 Que conceitos matemáticos da educação básica estão presentes nesta atividade?
O assunto nos permite trabalhar vários assuntos como: figuras planas, teorema de Pitágoras, razão e proporção, racionalização de denominadores, números racionais e irracionais.
2.3 Como, em sua prática docente, você articularia esta atividade com o texto da unidade 2 que você leu?
A partir dessa atividade focaria no conjunto dos números irracionais, buscando que os próprios alunos a partir dos cálculos percebessem a necessidade de ampliar os conjuntos numéricos. Visaria a construção desse conhecimento junto aos alunos e não simplesmente passar a definição logo no início.
Fórum da primeira semana da História da Matemática através de Problemas
Por que estudar História da Matemática?" é a
pergunta que os autores D'AMBROSIO e BYERS, respondem
em seus respectivos textos e será objeto de seus estudos. Para tanto você deve
postar as seguintes mensagens no fórum:
Postagem 1-Na visão de D’Ambrosio, por que estudar
História da Matemática?
Postagem 2 - Na visão de Byers, por que estudar
História da Matemática?
Postagem 3 - A partir da leitura da unidade 1 e dos
dois textos citados, apresente o que você pensa a esse respeito.
Eis minhas respostas:
Postagem 1-Na visão de D’Ambrosio, por que estudar
História da Matemática?
Segundo D’Ambrósio [...] pode-se orientar o ensino da matemática para preparar indivíduos subordinados, passivos, acríticos praticando-se de uma educação de reprodução, ou pode-se orientar o currículo matemático para a criatividade, para a curiosidade e para a crítica e o questionamento pertinente. Espera-se que a matemática contribua para a formação de um cidadão na sua plenitude.
Segundo D’Ambrósio [...] pode-se orientar o ensino da matemática para preparar indivíduos subordinados, passivos, acríticos praticando-se de uma educação de reprodução, ou pode-se orientar o currículo matemático para a criatividade, para a curiosidade e para a crítica e o questionamento pertinente. Espera-se que a matemática contribua para a formação de um cidadão na sua plenitude.
Ainda de acordo com D’Ambrósio é muito importante
destacar aspectos socioeconômicos e políticos na criação matemática, procurando
relacionar com o espírito da época, com o que se manifesta nas ciências em
geral, na filosofia, nas religiões (...) na sociedade como todo.
A história da matemática é um subsidio a ser
utilizado uma vez que nos proporciona mostrar que a matemática é uma construção
do homem e que é gerada para atender as necessidades do ser humano
Postagem 2 - Na visão de Byers, por que estudar História da Matemática?
Byers defende a necessidade de repensar a função da história da matemática. Ainda de acordo com o autor não convém apresentar ao professor um tratado extenso, contendo centenas de péginas de história da matemática, fatalmente esse professor irá se perder em suas ideias e não teria uma visão global sobre o assunto. O professor necessita de um modelo de história acessivel.
Postagem 3 - A partir da leitura da unidade 1 e dos
dois textos citados, apresente o que você pensa a esse respeito.
A história da matemática a meu ver é um caminho
entre tantos que o professor pode e deve recorrer. Como já disse anteriormente
em um comentário feito com nosso colega Rafael, acredito que a história da
matemática é subsidio para o professor, como vários outros caminhos, como por
exemplo, softwares matemáticos e diversas tendências em educação matemática. O
que todo professor que está na profissão por opção e por prazer faz, é buscar
sempre um melhor método de ensino, ‘encurtando’ o processo de
ensino/aprendizagem. Entender a construção de conceitos matemáticos possibilita
apresentar a matemática como um produto da evolução do homem passível de
mudanças com o tempo.
"Não se conhece completamente uma ciência
enquanto não se souber da sua história." Auguste Comte
História da Matemática através de Problemas
Essa foi minha primeira tarefa da disciplina História da Matemática através de Problemas.
O intuito da tarefa era fazer um depoimento sobre o contato que cada um teve com a História da Matemática.
Aluna:
Carla Soares Restier Lima Carvalho
Pólo:
Volta Redonda /RJ
Grupo:
08
A
História da Matemática para mim é fundamental na formação de todo professor de
matemática. Infelizmente tive apenas um semestre dessa disciplina na faculdade
mas, foi um semestre muito proveitoso, levando em conta o alto grau de
conhecimento e boa vontade do professor que lecionou a mesma. Porém em outro
semestre que tive a disciplina Laboratório no Ensino da Matemática, esse mesmo
professor aliava a prática do laboratório com os porquês respondidos com o
auxílio da História da Matemática.
O
grande Mestre Fábio, professor e atual coordenador do curso de graduação em
Licenciatura Plena em Matemática do UGB, me passou dentro do que foi possível
muito conhecimento; conhecimento este que me levaram a um encantamento total, o
que ainda me motivou a escrever meu trabalho de conclusão de curso sobre os
Papiros de Hind e Moscou, onde o próprio foi meu orientador.
Também
tive o prazer de assistir 32 horas de aula de História da Matemática com o
renomado Dr. Carlos Matias na pós em Educação Matemática oferecida pelo UBM,
onde tive a oportunidade de conhecer um pouco do seu trabalho e seus
pensamentos em relação à educação.
Creio
que o docente que leciona aproveitando as oportunidades surgidas no dia a dia
para inserir História da Matemática, tem maior chance de atingir um crescente
número de alunos. O sucesso de autores como Roberto Dante e Elon Lages Lima
confirmam meu pensamento.
Embora
meu conhecimento seja limitado, espero adquirir muito conteúdo com a disciplina
dentro do curso de especialização de Novas Tecnologias no Ensino da Matemática.
As expectativas são as melhores e por gostar a estudarei com maior prazer.
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